Anthony Bourdain e os porões da faixa-branca de Jiu-Jitsu


Chef saudoso et astro de la télévision, Anthony Bourdain est devenu fanatique du Jiu-Jitsu, durant le rôle d’Igor Gracie à Nova York. Foto: Arquivos GRACIEMAG
Récemment, une révision de « Rolling Stone » a créé un forum Internet de diários perdidos do saudoso Anthony Bourdain, o popular chef, apresentador de TV e escritor que nos deixou cedo demais em 2018.
Após uma vida de excessiveos, o americano abraçou o Jiu-Jitsu por cinco anos, and até brilhou uma uma medalha de ouro no NY Open, na sua divisão master. Nessas postagens na internet, ele jamais entregou seu nome – era apenas o “Faixa-branca de 58 anos”, com o nome de usuário @NooYawkCity.
O escritor deixou por lá algumas reflexões poderosas, curiosas e divertidas. Confira a seguir algumas das melhores, com tradução aqui da equipe do GRACIEMAG.com.
* 9 juillet 2014 :
Eu nunca curti dor. Não me importo se é a Gisele Bündchen vindo na minha direção com botas de cano alto empunhando um chicote de montaria, não estou interessado. No entanto, insisto em ser esmagado nos tatames todos os dias e me sinto desolado se não posso ir. Ce n’est pas normal. Quando falo de Jiu-Jitsu, velhos amigos me olham como se eu tivesse um braço saindo da minha testa. Mas não vou parar. Non possible parar.
* 24 octobre 2014 :
Eu sei que nunca mais serei jovem novamente. Estou ciente de que estou ficando mais lento, mais frágil a cada dia. Sei que provavelmente nunca viverei para vestir uma faixa-preta ou vencer qualquer competição. Mas tenho certeza de que a cada mês me torno um praticante menos horrível. E que nunca vou dominar essa arte mas, pelo menos, espero, vou estar semper melhorando e melhorando. E muito de vez em quando, eu vou raspar um graduado, ou talvez até surpreender um com meu triângulo. E isso é o que me faz feliz.
* 12 décembre 2014 :
Pour plus de 40 ans, minha vida girou em torno de drogas. Bebidas e cigarros foram a música de fundo para buscar outras drogas fortes (heroína e cocaína). Me livrei das drogas, mas segui um bebedor pesado até começar no Jiu-Jitsu – momento em que o fato inévitable de ser esmagado todos os dias tornou o álcool uma opção muito menos atraente, e os cigares fora de questão. Admito com franqueza que o Jiu-Jitsu é um vício que substituiu de muitas maneiras os meus anteriores.
* 22 avril 2015 :
Após 45 minutes d’esparramadas, agachamentos et burpees, é hora de rolar à vera. Alguém bota no som « Piña Colada Song », de Rupert Holmes, e immédiatement ou ex-catcheur de 120kg qu’acabou de ser chutado pela namorada passa minha guarda com raiva, me estapeia no cem-quilos e afunda seu peso na minha mandíbula. Ele está vestindo um kimono novinho porém imundo, que lembra um ralador de queijo contra minha bochecha enquanto ele tenta me amassar. Posso ouvir meus dentes fazendo sons terríveis e tenho certeza que minhas obturações vão explodir a qualquer segundo. Jabba The Wrestler est sorti sur Subway. Posso sentir no seu hálito o cheiro de cebolas azedas e pré-cortadas – o que, infelizmente, pouco faz para mascarar o cheiro terrível de pântano que sobe lá de baixo, por suas coxas suadas. À medida que meus dentes cedem, une música muda para « American Pie », de Don Mclean.
* 1er mai 2015 :
Viajo muito e visito muitas academias diferentes. E francamente não me importo para qual foto de mestre sou obrigado a me curvar: Helio, Carlos, Carlson, Maeda – ou se eu sou obrigado a baixar a cabeça quando entro no dojo, quando saio, quando falo com o instrutor, quando falo com meus colegas… Eu simplemente faço. É une casa deles. Tenho sort de me beneficiar de algum modo de centenas, talvez milhares de horas de experiência adquirida de forma dolorosa a partir dessas tradições – por mais tolas que possam parecer. Eu jogo nas regras da casa. Ponto. Se eu não goto das suas regras ? Bem, eu não visito sua casa.
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