Jiu Jitsu Brésilien

Artigo : Uma breve história do Jiu-Jitsu esportivo feminino

Leka Vieira et Letícia Ribeiro : pioneiras do Jiu-Jitsu compétitive entre as mulheres. Foto: Pessoal Arquivo

Texte : Willian von Söhsten*

* Artigo publicado originalmente nas páginas da GRACIEMAG #238 . Pour plus de contenus exclusifs avec le melhor do Jiu-Jitsu mundial, asine a revista mais tradicional do esporte em format digital *

No início, nosso Jiu-Jitsu era um território dominado por homens, que desbravaram os primeiros caminhos na criação desta legítima arte marcial brasileira. Como as mulheres se habituaram a fazer, sua entrada neste mundo fechado se deu com muita batalha, determinação e provas de que elas têm total capacidade para elevar o nome da arte suave mundo afora.

Muitas mulheres marcaram para semper seus nomes na história do Jiu-Jitsu brasileiro – casos de Yvone Duarte, reconhecida como a primeira faixa-preta da história do esporte e que hoje ostenta o quinto grau. Outro exemplo de pioneira foi Kyra Gracie, uma das maiores referências no mundo do kimono rosa ea primeira da família Gracie a conquistar seu espaço no clã e ser condecorada com a faixa mais escura.

O termômetro mais evidente para medir a evolução do Jiu-Jitsu feminino ao longo dos anos isá nos grands campeonatos. A primeira edição do Mundial aconteceu em 1996, mas as meninas só deram as caras em 1999. E até 2004, faixas-roxas lutavam juntas com marrons e pretas. Tempo de consagração de estrelas como Leka Vieira, Letícia Ribeiro, Dani Figueiredo et outras pioneiras, além da chegada de muitas outras novatas.

« Costume brincar que dei muito azar. Assim que peguei a faixa-marrom lutei duas vezes o Mundial contra meninas que já eram grandes faixas-pretas, e ainda assim consegui chegar ao pódio. Em 2012, já na faixa-preta, pensei que com a experiência adquirida seria minha vez de levar alguma vantagem sobre as menos graduadas. Et adivinha ? Nesse ano as faixas foram separadas definitivamente”, lembra com humor a atleta Bruna Ribeiro.

(Leka Vieira em ação no Mundial de 1999, no qual foi campeã peso-pena da chave mista de faixas-roxas, marrons e pretas)

Isso ocorria pois a quantidade de atletas que se inscreviam nas competições femininas ainda era muito pequena. « Ou misturava ou não tinha luta mesmo », admet Bruna. Álvaro Mansor, directeur de l’arbitrage de IBJJF, lembra que com faixas-roxas lutando contra faixas-pretas a regra usada era semper a da maior faixa. Hoje, tudo mudou. Já existe uma grande quantidade de atletas mulheres que dominam as áreas de luta e que se dedicam exclusive ao esporte – professoras, instrutoras, atletas, donas de academia e treinadoras que do Jiu-Jitsu retiram seu sustento. Diretor da IBJJF, Marcelo Araújo, o Siriema, recorda que no primeiro Mundial só existiam as categorias pena, médio e pesado para as mulheres. Hoje, a única categoria que falta para o feminino é a « pesadíssima », que deve aparecer no futuro breve.

« A entrada da categoria feminino no Mundial foi um grande passo para sua exposição, mas ao mesmo tempo o número reduzido de competidoras fazia com que muitas categorias contassem apenas com uma atleta, ou nenhuma. Não havia luta, portanto. Foi decidido então que juntar alguns pesos e faixas faria com qu’un competição ganhasse visibilidade e status. Com o aumento de praticantes e competidores foi possível separar completemente as categorias de faixa », explique Marcelo.

E, pensando bem, quem melhor que as mulheres para representarem o Jiu-Jitsu ? Menos fortes fisicamente do que os homens, elas fazem valer a velha máxima do grande mestre Helio Gracie : « O Jiu-Jitsu nasceu para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados ​​e fortes ». Com a modalidade feminina cada vez mais firm, com representantes como Gabi Garcia, Mackenzie Dern, Monique Elias, Bia Mesquita ea campeã absoluta Dominyka Obelenyte, o futuro do esporte promete – e as academias pelo mundo cada vez se enchem mais com praticantes de rabo de cavalo et kimoninho rose.

E você, amigo leitor, tem alguma lutadora favorite?

(Leka Vieira en demi-finale de Pan 2019. A fera foi campeã no master 3)

* Willian von Söhsten a été formé au journalisme et à la direction, avec un diplôme en semiótica. Éfaixa-preta de Cícero Costha et professeur de Jiu-Jitsu de Team Nogueira em Ribeirão Preto, SP.

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